27 de jul. de 2010

Esfinge...



Há momentos que não sei se sou triste ou sou feliz... 
Chego à conclusão, às vezes, de que vivo meio que no vão desse muro onde cada lado é um extremo, e fico tentando perambular e me equilibrar por cima dele. Algumas vezes tropeço em meus passos desajeitados e escorrego pr'um lado qualquer. Muitas vezes dói muito, é um tombo duro, seco, sem nada que faça cessar mais rápido a dor, só mesmo o passar do tempo. Noutras a queda é suave como pluma, e há sempre asas que me seguram e brincam me fazendo sorrir e me sentir ainda mais leve que o ar.
Há sonhos e realidades que teimo em deixar passar, mas não sei se é uma teimosia proposital ou já arraigada a mim por muito errar. Mas se for por errar, é também uma forma de acertar, pois é errando que se aprende, ao menos é o que ouço tantas vezes. Mas o que escolher afinal?

Como manter-se no fino espaço de cima desse muro tão estranho, que não nos deixa escolher o lado certo a ficar?
Do que falo, afinal, em tão loucas e improdutivas palavras? Sei lá....
Se alguém decifrar, devora-me...

Patrícia Di Carlo, em texto e imagem

3 comentários:

Entre Frestas.... disse...

não há lado certo, o certo é não ficar de lado com a vida...
lindo espaço...

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

e apesar de tudo, ainda acredito que é possível ser feliz com tantos tombos.
:)

Anna disse...

Meninas, é por isso que sempre cito o poeta lindo e que amo tanto: Pessoa:
Tudo vale a pena, se a alma não é pequena! ;oD

Obrigada pela presença e pelo carinhoso comentário!