6 de ago. de 2013

Resenha: Inferno - Dan Brown




“No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”.
Dante Alighieri

Sim, eu gosto muito da série do Dan Brown que nos presenteia com as aventuras do Professor de Simbologia e História da Arte, Robert Langdon. Sei que muita gente reclama, fala que o Dan Brown tem um esquema para seus livros, que usa sempre a mesma fórmula, blá blá blá... Que seja, funcionou muito bem até agora!



Inferno começa com Robert Langdon acordando em uma espécie de hospital e descobrindo que está na Itália, mais precisamente em Florença, e que não se lembra de nada do que aconteceu nos últimos três dias!
Na sequência, se vê atacado por uma mulher misteriosa e conta com a ajuda da médica Sienna Brooks para fugir. Nesse ínterim ele se vê diante de mais uma trama de mistério onde terá que seguir pistas que envolvem a obra máxima de Dante Alighieri, A Divina Comédia, mais especificamente a parte intitulada, Inferno.

A obra conta com todas as características da escrita do Dan Brown: uma corrida alucinante contra uma desgraça que poderá atingir todo o planeta, enigmas envolvendo obras de arte, arquitetura e literatura; muita perseguição, reviravoltas no enredo e um final inesperado e, para esse livro, perfeito!

Há momentos em que o ritmo ditado ao livro é bem menor do que nas 3 obras anteriores, mas acredito que deva ser pelo fato que, em Inferno, o autor tenha caprichado mais na descrição das personagens, que são, todas bastante interessantes, e ousou fazer um trabalho mais detalhado do psicológico de cada um também, detalhando suas motivações e sentimentos.

Mas a grande cartada de Inferno é realmente o seu vilão! Uma das melhores personagens que já vi em livros do Brown, e que nos trouxe questionamentos bastante convincentes e viáveis. É impossível não ficar refletindo nas questões levantadas por ele e diante do final que é dado ao livro. É realmente de tirar o fôlego.
Não posso me alongar muito mais acerca desse livro porque tudo o mais que eu ousar mencionar poderá tirar a graça e ou dar pistas ainda maiores dos mistérios que cabe ao Professor Langdon resolver! ;o)


“(...) A negação é um elemento essencial do mecanismo de defesa humano. Sem ela, todas as manhãs acordaríamos apavorados só de pensar em todas as maneiras como poderíamos morrer. Em vez disso, nossa mente bloqueia o medo existencial, concentrando-se em estresses com os quais podemos lidar: como não chegar atrasado no trabalho ou como pagar as contas em dia. Mesmo que tenhamos medos mais graves, de natureza existencial, nós os descartamos bem rápido para nos concentrar em tarefas simples e banalidades cotidianas (...)”.

♥♥♥




Título: Inferno
Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Páginas: 448



Um comentário:

Michelle disse...

Oi, Paty!
Eu só li 2 livros do Dan Brown até hoje "O Código da Vinci" e "Anjos e Demônios" e gostei de ambos, justamente pelas características que você apontou: muita ação, arquitetura e arte descritas com primor, trama maquiavélica envolvendo segredos da igreja e uma catástrofe iminente. O autor usa sempre a mesma fórmula? Claro! Mas e daí? Se ela funciona, não vejo problema. Ou vai falar que outros autores não fazem isso? Anne Rice/André Vianco e seus vampiros, Nicholas Sparks e seus romances manjados, Stephen King e seu terror/suspense, Paulo Coelho e seu misticismo. Cada um com seu estilo, né? O importante é achar aquele que mais lhe agrada e ser feliz. Fiquei curiosa sobre esse vilão aí. No fundo, eu torço pelos malignos...hehe
bjo