a lua já não é nova,
deixou o vermelho escorrer
e arroxeou-me os olhos,
a carne e a alma.
na penumbra sinto a sombra
liquefeita na memória
e o sonho puro, casto
jaz deserto
em arregalo, meus olhos anunciam
as primeiras águas da manhã pagã
e o sonho é um corpo que me foge
do ventre cansado de raízes e folhas.
Patrícia Di Carlo
Imagem: Anne-Jully Aubrey
2 comentários:
Nossa Patrcia! Que tocante! :)
Muito bonito mesmo.
Abraços :D
Lindo!
Dá pra sentir sua dor nas linhas !
Fantástico, Paty parabéns vc é uma excelente poetisa !
bjos no ♥
Melissa Padilha
De Coisas por Aí
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