16 de mai. de 2013

Eu Poético: Auto-retratando-se



Através da lente pequena
Busco ver-me inteira em
Nuances que desconheço ou
Que em determinados instantes
Deixei escapar
Não julgo meu olhar tão atento
Nem refinado o meu senso
A loucura é uma parceira constante
Em bailes noturnos que nem sempre crio...

Bailamos num mesmo compasso
Quase gasto de passos equivocados.
Na inerte imagem do retrato
Esquadrinho o sorriso que
Quase desdenha...
Qual de nós ri?
Para e de quem?
E o baile recomeça
Enquanto a lente, ainda menor, não
Enquadra o que o sorriso quer...




Patrícia Di Carlo



2 comentários:

Maura C. disse...

Lindo, lindo, lindo...

Lendo sua poesia, Paty, lembrei da Cecília Meireles, vocês duas escrevem maravilhosamente bem :)

Beigos!

Anna disse...

Poxa, Maura, fiquei até sem palavras agora!! rs Obrigada, lindeza!!
E,como certeza, Cecília é infinitamente melhor!! :)

Xerinhos!
Paty