18 de abr. de 2012

Insomnia


Há tempos a insônia não vinha me fazer uma visita, e eu já nem mas sentia sua falta. Mas sempre senti das palavra s fáceis que acordavam em mim com sua chegada.
Hoje a mente não se aquieta e já nem sei mais se é por conta da insistente e lancinante dor de cabeça. Mas já não reclamo, ao menos algumas palavras novas me chegaram, como uma grata surpresa.
Palavras novas? É, podem até ser, mas  sua nascente já uma velha amiga, não posso negar!
Uma dessas novas palavras, se é que assim posso associar, me trouxe uma forte percepção: a maior parte da vida, da minha ao menos, é um verdadeiro monólogo. Muitas  vezes uma conversa imaginária, um destino certo, mas  sempre um monólogo.
Conversas e questões lançadas ao tempo, muitas  vezes esperando que a energia seja sentida no destino imaginado, já que a palavra será "para sempre" inaudita. Respostas  algumas  vezes me chegam como suave sussurro em minha mente, vindas  do inconsciente, do ego, espaço, sei lá, só sei que em algumas muitas  vezes têm uma absurda coerência!
Agora a batalha que travo é um tanto quanto moral: entre a minha, tantas  vezes julgada insana por mim mesma, e a católica, inúmeras vezes criticada e vista como certeira em muitas situações...
Coloco-me a pensar que a essa hora  eu poderia estar dormindo, ou aguardando o sono certo chegar, com a ajuda eficaz das 150mg diárias, mas  hoje eu prefiro o escoar dos pensamentos, a conversa caótica, da mesma forma como é certo os dias em que prefiro sangrar...

Imagem: Insomnia, by Luisa Möhle

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