Meu grito nu toma lugar entre
Os elementos e minha boca, em assombro,
Derrama-me no vasto querer da insone noite.
Em meus ouvidos chora um mar,
Enquanto tento, entre agulhas do tempo,
Tecer o espaço para o que tenho doado.
Minha arca está cheia de fracas conquistas
E o silêncio incendeia o dia que recomeça
Como um avesso do nada refletido no espelho caco.
Lavo as mãos nas dobras do mar
E macero o sal da terra em teus ondulantes
Reflexos que adivinho-me com uma quase simpatia.
Suicida, o orvalho deflora a pétala quase morta
E numa calma virulenta o dia brota rubro
Numa margem rouca que a noite descuidou.
Naufraga de mim, adormeço com a noite,
Sem querer dar conta dos destroços de nós...
Patrícia Gomes
Imagem: Desconheço a autoria, pinçada do Google
Os elementos e minha boca, em assombro,
Derrama-me no vasto querer da insone noite.
Em meus ouvidos chora um mar,
Enquanto tento, entre agulhas do tempo,
Tecer o espaço para o que tenho doado.
Minha arca está cheia de fracas conquistas
E o silêncio incendeia o dia que recomeça
Como um avesso do nada refletido no espelho caco.
Lavo as mãos nas dobras do mar
E macero o sal da terra em teus ondulantes
Reflexos que adivinho-me com uma quase simpatia.
Suicida, o orvalho deflora a pétala quase morta
E numa calma virulenta o dia brota rubro
Numa margem rouca que a noite descuidou.
Naufraga de mim, adormeço com a noite,
Sem querer dar conta dos destroços de nós...
Patrícia Gomes
Imagem: Desconheço a autoria, pinçada do Google
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