Há algum tempo venho tentando calar essa história que não me sai da cabeça, e que se forma por causa da ausência de palavras ditas. É como se fosse uma folha em branco com palavras soltas, algumas frases organizadas, totalidades que se formam, mas que juntas nada definem. Tudo isso num rosto disfarçado de sorriso e respiração amena. Meu pensamento não se cala enquanto o que ouço são pios de corujas e um alarme de carro gritando, como se estivesse a girar, feito sirene. O verbo subentendido é quem mais me fala. Nele consigo encontrar todas as respostas, principalmente as que não quero, ainda mais quando me vejo banhada pelo escuro. O silêncio me mostra uma confusão de idéias e essa confusão não cala meu pensamento. Eu queria ao menos falar em lágrimas, mas não aprendi a chorar. Ou será que já chorei tanto que aprendi, sem perceber, a secá-las?...
Imagem: Jenni Holma
2 comentários:
Oi, Patrícia!
Passei aqui para conhecer o seu blog e gostei do texto :)
um abraço,
Pipa
Pipa, seja sempre muito bem vinda!!
Xerinhos!! :o)
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