Num desequilíbrio no tempo
desta meia noite quase límpida
engoli-me inteira
e, sem faz de conta, também
engoli todos os trincados espelhos
que estilhaçavam sorrisos
como a folha prata a encarcerar o bombom.
Não sei por onde vim,
mas deixo-me estar, equilibrando
sombras e sonhos,
com lágrimas a banharem
tacos e azulejos castanhos
dos meus olhos.
Mordo-me a boca
calando, com um gemido rouco,
todo o silêncio que arde...
Imagem: Equilíbrio by Sellath
4 comentários:
Que lindo, Paty :)
Suas palavras são saborosas. Tanto nos dias úteis quanto aos finais de semana. Beijo, frô!
Mar, fico tão mais feliz qaundo gostas e falas..
beijos!
Binho, teu olhar é que é sempre doce quando pousa em mim... ;o)
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