2 de jun. de 2013

Eu poético: Cama desarrumada





A saudade às vezes me chega tão de repente
Que não dá tempo nem de arrumar a cama
Para que ela se deite.
Ela chega do nada, sem aviso prévio,
Já tem as chaves de casa
Nem pede licença...


Hoje ela chegou assim
Com calma, sem fazer alarde
E se deitou em meu peito
Dizendo que tinha saudades
Do meu aconchego!

Ela veio como o som da gaita de fole
como o som da lágrima que timidamente
rola, solitária, pela face quase impassível...

Assim veio a minha saudade...
Veio hoje para matar sua saudade de mim....




Patrícia Gomes

Imagem: Marta Glinska




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