
Indico-me o presente que não aponto
Entrelaço os dedos e seguro o queixo
Com as costas da concha que se forma,
Enquanto, em “trip” estranha, sentindo frio,
Busco um corpo que preciso quente
Aquecendo-me nessa hora alheia
Que me vejo insípida e tão nua…
As mãos atadas me fisgam
E, enquanto olho, tento não sentir
Sua voz reverberando
Em cada filigrana de pele
Que me recobre o corpo,
Entrelaço os dedos e seguro o queixo
Com as costas da concha que se forma,
Enquanto, em “trip” estranha, sentindo frio,
Busco um corpo que preciso quente
Aquecendo-me nessa hora alheia
Que me vejo insípida e tão nua…
As mãos atadas me fisgam
E, enquanto olho, tento não sentir
Sua voz reverberando
Em cada filigrana de pele
Que me recobre o corpo,
Vejo nas costas da palma mão fechada
O que dizem ser o meu coração,
Pasmo no que percebo
E já não sei como lhe dizer…
Tanto sentimento em músculo tão pequeno
Que bate oco em parco sangue que bombeia.
Nessa visão explico a vertigem que sinto
Constantemente: Falta oxigenação na razão
que, tresloucada, não me acena o rumo
Para escapar da falta de você,
Ou qual o caminho pra lhe deixar de vez…
Patrícia Gomes
Imagem: Anca
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